Cheguei no escritório e logo vieram me contar que o Kadu, um amigo do trabalho, havia passado mal e tinha sido levado para o ambulatório.
Pois é, quando eu estava estacionando o carro, vi um movimento diferente por lá, mas não tinha entendido o que estava acontecendo. Mas era o pessoal socorrendo o Kadu.
O Kadu sempre foi um cara educado, gentil, não muito falante mas quando soltava suas piadas, eram sempre certeiras. Estava trabalhando conosco como consultor e por isso não ia todos os dias para o escritório. Mas quando ia sempre almoçava conosco. É, temos um grupo que mais ou menos almoça todos os dias juntos, quando almoçamos no refeitório da empresa.
Há anos ele prestava consultoria para CESP, às vezes por um período curto, outras vezes mais longo. Mas era amigo de todo mundo do departamento e de outras áreas também.
E hoje, chegou bem como sempre, pelo menos foi o que pareceu, se estava se sentindo mal não falou pra ninguém, foi para sua mesa e lá ficou, quando o Charles chegou, outro colega que senta na mesa ao lado dele, o Kadu passou um bilhete com um recado para ele ir na sala ao lado. E foi o que o Charles fez, porém quando ele voltou para a sua sala encontrou o Kadu caído em sua cadeira.
Então, ele tentou levantá-lo mas o Kadu já estava desacordado, alguns que estavam por lá o carregaram até o carro e levaram para o ambulatório da empresa.
Lá a médica fez todos os procedimentos possíveis, mas infelizmente ele não reagiu. Por fim chegou a ambulância que o levou para o hospital.
Não demorou muito tempo, talvez uma hora e logo veio a triste notícia: que o nosso amigo havia falecido.
O dia foi muito estranho e triste. Ninguém conseguiu se concentrar e nem trabalhar direito. Fazíamos o nosso trabalho mas com a cabeça nele e naquele absurdo que aconteceu ali.
Como pode ser tão frágil a vida, ele estava bem, tudo estava bem e de repente, sem nenhum sinal ou aviso, puf... a vida dele se foi... saiu de cena.
Por isso que vivo intensamente e tento fazer tudo o que quero e acredito. Gosto de estar sempre com as pessoas que amo, quando é possível é claro, pois vai saber, um dia serei eu, não sei como será, mas espero que seja como a dele, assim rápido, uma morte quase que indolor e sem muito sofrimento, e assim, como que num passe de mágica, algo parou de funcionar dentro dele e sua vida acabou, deixando a todos com um vazio no peito, apenas com saudades daquele amigo querido que nos deixou de surpresa e uma sensação de que não falamos o adeus como deveríamos, pois para nós, aquele ainda não era o momento, mas para Deus foi a hora dele ir.
Kadu esteja com Deus meu amigo querido!
Graça Marinho
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